sexta-feira, 12 de novembro de 2010

HELLO STRANGER

As luzes se acenderam no palco, a trilha começou.
Não sei nem como e porque, mas sua expressão era tão linda e intensa que eu não conseguia prestar a atenção no que dizia. Pra mim, o contexto se resumia em seus movimentos.

Eu acompanhava atenta, boquiaberta. Sua calça larga deixava os movimentos mais lindos e o suor de seu rosto estava ali pra afirmar tudo aquilo.

Ficava só imaginando como você deveria ser atrás daquele personagem, tive a certeza que era sensível e inteligente, quando você pegou uma flor e encarava a platéia com uma segurança inabalável. O corpo continuava, movimentado se pelo palco, se eu não soubesse que existe alguém na técnica, ousaria dizer que você guiava as luzes, ou vice versa, ou... Elas vinham de você. Porque era “Poeta”, era infinito no todo, ali na minha frente.

Não sei com que cara te aplaudi, não é fascínio de fã nem admiração por um colega também ator, nem tampouco orgulho... Não te conheço, mas te amei por 10 minutos!

Depois a luz se apagou, a trilha cessou e minhas cortinas se fecharam novamente.

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