sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dedicado, à algum tempo H.B.L.L, um momento que se repetiu por inúmeras vezes...

Hoje acordei muito sincera comigo mesma. E pensei em você o dia todo. Pensei tanto que minha cabeça doeu, e vendo “O curioso caso de Benjamin Button” achei coerente que nascessemos velhos. Rejuvenescer a cada dia até sumir num orgasmo não seria nada mal...

Nesses meus dias de sincera, penso muito, e penso na vida. Vendo que nela é muito melhor sonhar, almejar, imaginar situações em que queria viver. Porque a realidade é realmente difícil, juntamente com os tempos de hoje e assim sinto ter 80 anos, com todo peso de julgamentos da sociedade e conceitos hipocritamente formados todos nas minhas costas, pesando e me enfraquecendo.

A cabeça dói demais, acho que é dor que mudou de lugar, deve que nem dor gosta de rotina. Assim também pensei que também eu nunca gostei de rotina... Que a decisão de se tornar atriz tem haver com tudo isso.

Não tinha mais perspectiva de vida feliz, decidi viver várias vidas: amar, odiar, cantar, envelhecer, ser mãe, noiva e porta. Ser várias que já viveram, ou dar vida há uma, emprestar o corpo e cara em pró do que todos procuram para se entreter, a tal da arte. Isso é muito bonito de se contar futuramente, é digno.

Assim sigo. Já desisti de tentar te esquecer faz muito tempo e tudo que eu faço é pra você ver, quando me arrumo é pra você ver quando passar de carro na rua, o mesmo carro que prometeu jogar em cima de mim e me matar. Desabafo escrevendo palavras trágicas, que não podem ser faladas, porque fui calada pelas milhões de pessoas que nos julgam.

Lembro me todos os dias das vezes que você disse, que não disse o que eu queria ouvir, talvez. Que seja, aprendi que a conformidade é branca, que um erro não se concerta, tampouco se esquece, apenas perdoa.

Meu coração endurecido me fez seca por inteira. Nem lágrimas mais tenho para chorar. Cultivo um sorriso indecifrável e não tem quem diga que seja de esperança, só que seja de sarcasmo. É... No fundo devo achar mesmo a vida sarcástica pelo que ela fez comigo, pelos encontros que me enganam ou pelos acasos que me apresenta. Até quando será que ela vai brincar comigo?

Não importa, sendo tantas, hora uma hora outra eu brinco também... Vou brincando de viver!

Leoa
07/06/09
22:23hrs

2 comentários:

  1. Muitas vezes tentamos achar a razão de nossa inquietação e infelizmente quase nunca percebemos que ela está dentro de nós mesmos. Por isso antes de tentar entender qualquer ação, observe se ela não é apenas uma reação das suas próprias mudanças.

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  2. Falou por mim, Leoa... Fala, sempre! ;*

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