Não era noite como habitual, não era nada trivial. Eu me vestia de dia, descompromissada com qualquer coisa que não fosse eu mesma. E me aparece assim em forma de possibilidade, um tanto assustadora pra quem tem um medo só...
E como uma avalanche de palavras e sentidos que não são de ver, ah como eu queria citar Setúbal em um dos meus preferidos, "Só Tu". Mas a mesma vontade que me faz ir, me manda voltar, ainda bem que ainda resta um sorriso pra te dar.
Contigo ficaria assim neste estado inebriante deste antes de dar a largada, neste tempo que relativamente passa suave, sem que possamos perceber, mas toca e remoe tudo que há de submerso.
Pra nunca conhecer toda eu. Pra poder devagarinho querer um tantinho a cada dia, e demorar pra acabar.
Te guardar como momento meu, me vestiria de noite pra ser verdade e alma nua pra merecer, pelo menos uma vez.
Mas tem muito do medo que é um só. Ainda sabendo que será momentâneo, o medo e todos os sentidos. Tudo é demasiadamente efêmero. E recolho todos os meus caquinhos, pra debaixo desse tapete de mim e olho pra janela, que agora é um perto longe que já vai passar!
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