quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Minha escada sem balaústres

A chuva caiu com tanta força, mas não lavou nada desta vez. Ela me trouxe uma lembrança de um quarto alagado. Você só me contou depois que arrumou e enxugou tudo, talvez com medo de que eu logo fizesse o serviço. Será que foi aí que eu errei? De nunca deixar você precisar de mim?

Daí essa lembrança puxou mais uma... Certo dia que você estava doente, manhoso. Fui correndo como uma mãezinha, pra te cuidar. Não foi nenhum esforço, mas dei a entender que foi... Você parece que gostou naquele dia, mas hoje, na hora dessa chuva nem sei se lembra mais.

Eu não paro de lembrar... Será que os projetos deram certo? E a dor nas costas, passou? Tem comido bem? Ainda tens azias nas sextas feiras? Uma mãezinha eu, talvez fosse realmente chata como tal: AI MÃE QUE SACO!

Fico calada junto com a saudade, infelizmente tenho tanto que fazer que não posso me dar ao luxo... Talvez posso estar sendo um pouco austera comigo mesma, o lado em que deito na cama não é o mesmo em que deitava na sua, logo sou obrigada a dar as costas mesmo dormindo. Não sonho nunca!

Lembro a todo momento de S.G, que me contou uma historia de final feliz linda! Queria ter igual, queria que términos não fossem tristes. Quem sabe ainda não temos um reencontro, como tive ontem com H.B.L. L, totalmente surpreendente, totalmente infinitamente melhor do que eu jamais poderia imaginar daquele que não é mais o protagonista dos momentos.

Agora é você, e talvez nunca saiba... Porque estamos correndo pra tão longe um do outro sem olhar pra trás, de medo, o mesmo medo talvez que tenha de ler isso tudo aqui.

Como eu era feliz quando subia as escadas pra gente ficar lá em cima, longe de tudo. Como era bom fugir com você!

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