domingo, 24 de junho de 2012

Com vocês, a minha geração!!!

"Paraísos Artificiais" no DVD e nenhuma expectativa devido às críticas. Marcos Prado novamente surpreendeu com belíssima fotografia e uma história contada por uma essência simples, porém carregada.

A surpresa maior em mim foi me orgulhar de ter feito parte desta geração. As raves, os festivais, o amor e a paz do início dos anos 2000. Era um começo, colorido, muitos filtros dos sonhos pendurados. Um sentimento único, horas dançando uma batida que para muitos pode parecer agressiva, para nós, era dançada de olhos fechados. Tendas, cachoeiras, barracas, malabares...

Ao contrário que muitos podem pensar, o sexo não era encarado de forma negligente. Aliás, em uma rave jamais se via manifestadões de "pegação" ou já se ia acompanhado, ou você estaria ali buscando o mesmo que todos, transcedência. As drogas haviam sim, mas isto há em todo lugar. A diferença que ali era usado mais leventente, nada que de alguma maneira remetesse à destruição e degeneração, afinal, êxtase é a droga do amor.

Muitas divindades hindus, muito sorriso, paz, que constituía a "vibe". Era de praxe eu sempre parar um pouquinho para dormir ali, em alguma rede, ou na canga que carregava na mochila. Os sonhos era diferentes. Devido à isto eu sempre tinha uma marca na perna, pegava sol somente na parte que a bota e o short não cobriam.

Poderia ficar narrando por linhas e linhas, mas não sei se adiantaria, pois este movimento já foi banalizado e varrido pelo preconceito. Hoje, não é mais como era antes. Hoje, os filhos de papai metidos a "tranceiros" jamais carregariam nas costas água pro gerador pra uma festa no meio de um vale, lugar este que só era mencionado 3 horas antes da festa, para evitar penetras. As patricinhas jamais entenderiam a expressão "até que a grama vire lama" e claro, com os celulares moderníssimos... Ninguém mais precisa marcar de encontrar "na caixa da direita".

Porém... Com muito orgulho, mais madura ainda faz parte de  mim este "espírito livre". Abandonei os brincos hippie, mas a "busca" e o ideal continuam. A paixão por dançar também e a saudade de fazer isto com uma brisa batendo no rosto. Podendo ver o sol nascer e se pôr! Sorrir pra todos e receber além de sorrisos uma grande energia de volta.

Acima de tudo, a certeza de que terei muito o que contar para meus sucessores de vida. Eu que não ia ser destas de contar que participei de "Sertanejo Universitário"!

2 comentários:

  1. Muito 10 a tua história! Me remeteu a um tempo saudoso...Tempo bom aquele!
    Notei que não é de escrever com frequência, mas estou seguindo e passo sempre para ler algo novo. Um beijo e ótimo fim de semana!

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  2. Obrigada Marisete. É que os dias tem sido de momentos turbulentos... Nem sempre compartilho, preso meus leitores, rs. Grande Beijo

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