quarta-feira, 15 de abril de 2015

Eu não consegui dormir de novo porque as lágrimas escorrem,  então meus olhos não fecham. Me lembrei da ostra, de Rubem Alves, da dor... Da pérola. De um encontro no café do Palácio das Artes, com o homem de roupas escuras, rosto desfocado na foto, sempre de óculos escuros e a maneira como ele vê a vida, naquela escuridão toda... Atrás daquele óculos. Me intriga tanto que volto por curiosidade.
Acabarei eu como Clarice? Com fama de meio doida, só porque sinto? As mesmas dores da ostra de Rubem? Gepeto está arrumando a casa e fico com medo. Muito!
Penso "pra que pérola?" se parece que as atiro todos os dias aos porcos.
Lembro de Dona Beja, a bosta de cavalo e as flores.
Sou interrogação no mundo, deslocada no existir. Porque será que meus pensamentos passeiam tanto na noite e nunca lembram de mim?

Um comentário:

  1. Nossa, quem é você? Me identifico demais com seus textos. Maravilhosos! Parabéns, beijos.

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