quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

DEJAVÚ

Estou em silêncio á dias, mas hoje é o primeiro, depois de muito tempo que a insônia voltou! Minha tranqüilidade foi pro mesmo lugar que você será? Eu me pergunto, olhando pra atravessar a rua.

A pior dor é aquela que é calada. Não sei se porque fica ali oprimida, querendo sair pelo grito e condensa nos olhos. Eles pesam e incriminam. Não sei se eu ou você, ainda não sei de quem é a culpa.

Fato é que sempre nessas horas, penso que fiz tudo errado, o que poderia ter falado, o que poderia ter sido. Mas eu não podia simplesmente dizer, não teria credibilidade, quis fazer você ver.

E me usei pra isso, até perceber que não valia tanto assim. Trocava meu passe por atitudes, estava ali, mas nem sempre quis estar. Também andei confusa, muito. Também tive problemas e saudades. Pouca coisa compartilhei, por achar que não era hora, quando achei você não quis me ouvir.

Dói muito qualquer rejeição... Mas às vezes penso se algumas vezes você também não se sentiu assim, com dor. Será que eu lhe causei isto. Meu querido... Juro que sempre quis te lapidar, assumo que tive esta pretensão. Porque não vicia em mim?

Nunca te disse o quão era grata pela sua chegada. Você não sabe o que tirou de mim, e o que pos no lugar, meu lugar, seu lugar, o lugar que eu queria estar. Eu adorava... Adorava o simples que você sabia me dar. Me divertia e te olhava dormir, desta vez, sem insônia. Escuto gargalhadas toda vez que penso em você, mas tudo some, como se minha cabeça se sentisse na obrigação te esquecer.

Você me curou e eu só queria retribuir. Foi a única forma que encontrei, mas pelo jeito não acertei. Nem sei se posso me culpar tanto, pois de certas coisas nem entendo, sinto raiva, me sinto mal e no fundo não perdôo.

Escrevo palavras confusas que é como estou, e porque sei que você NUNCA irá ler. Não me lembro mais como você veio, nem sei por que se foi e admito que tenho medo de saber. Sinto... Um não sei o quê que deve ter vindo com essa tal de maturidade, junto com um fantasminha que não me deixa dormir!

Sentido em 07/12/2010.
Repetido em: Todos os dias

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