Um pouco mais de C.L, porque ela me imprime.
Sou composta por urgências:
minhas alegrias são intensas,
minhas tristezas, absolutas.
Me entupo de ausências,
me esvazio de excessos.
Eu não caibo no estreito...
Eu só vivo nos extremos...
A Colecionadora deseja a todos momentos insanos, insensatos, verdadeiros e únicos.
Muita emoção, garganta apertada, borboletas no estômago e pernas bambas.
Choro de alegria, e tristeza também. Percalços, bonança, aprendizado.
Suor... Gargalhadas e cores.
Abraços de indas e vindas.
Muita "Vida" (esse ciclo viciante),começos e fins.
Porém, NUNCA PAZ... Não desejo a ninguém uma vida estagnada!
Apredí:
"Nunca pensar demais sobre o assunto, caso contrário não é autêntico."
Carine Roitfeld
Que venha o ano novo, que venham novos momentos.
Bjos no cuore queridos!
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
Na dúvida, digo a verdade.
Dedicado a quem quiser ouvir e deixar doer!
Não te amo mais.
Estarei mentindo, dizendo que
Ainda te quero, como sempre quis. Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci.
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade: É tarde demais...
Clarice Lispector
Não te amo mais.
Estarei mentindo, dizendo que
Ainda te quero, como sempre quis. Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci.
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade: É tarde demais...
Clarice Lispector
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Minha escada sem balaústres
A chuva caiu com tanta força, mas não lavou nada desta vez. Ela me trouxe uma lembrança de um quarto alagado. Você só me contou depois que arrumou e enxugou tudo, talvez com medo de que eu logo fizesse o serviço. Será que foi aí que eu errei? De nunca deixar você precisar de mim?
Daí essa lembrança puxou mais uma... Certo dia que você estava doente, manhoso. Fui correndo como uma mãezinha, pra te cuidar. Não foi nenhum esforço, mas dei a entender que foi... Você parece que gostou naquele dia, mas hoje, na hora dessa chuva nem sei se lembra mais.
Eu não paro de lembrar... Será que os projetos deram certo? E a dor nas costas, passou? Tem comido bem? Ainda tens azias nas sextas feiras? Uma mãezinha eu, talvez fosse realmente chata como tal: AI MÃE QUE SACO!
Fico calada junto com a saudade, infelizmente tenho tanto que fazer que não posso me dar ao luxo... Talvez posso estar sendo um pouco austera comigo mesma, o lado em que deito na cama não é o mesmo em que deitava na sua, logo sou obrigada a dar as costas mesmo dormindo. Não sonho nunca!
Lembro a todo momento de S.G, que me contou uma historia de final feliz linda! Queria ter igual, queria que términos não fossem tristes. Quem sabe ainda não temos um reencontro, como tive ontem com H.B.L. L, totalmente surpreendente, totalmente infinitamente melhor do que eu jamais poderia imaginar daquele que não é mais o protagonista dos momentos.
Agora é você, e talvez nunca saiba... Porque estamos correndo pra tão longe um do outro sem olhar pra trás, de medo, o mesmo medo talvez que tenha de ler isso tudo aqui.
Como eu era feliz quando subia as escadas pra gente ficar lá em cima, longe de tudo. Como era bom fugir com você!
Daí essa lembrança puxou mais uma... Certo dia que você estava doente, manhoso. Fui correndo como uma mãezinha, pra te cuidar. Não foi nenhum esforço, mas dei a entender que foi... Você parece que gostou naquele dia, mas hoje, na hora dessa chuva nem sei se lembra mais.
Eu não paro de lembrar... Será que os projetos deram certo? E a dor nas costas, passou? Tem comido bem? Ainda tens azias nas sextas feiras? Uma mãezinha eu, talvez fosse realmente chata como tal: AI MÃE QUE SACO!
Fico calada junto com a saudade, infelizmente tenho tanto que fazer que não posso me dar ao luxo... Talvez posso estar sendo um pouco austera comigo mesma, o lado em que deito na cama não é o mesmo em que deitava na sua, logo sou obrigada a dar as costas mesmo dormindo. Não sonho nunca!
Lembro a todo momento de S.G, que me contou uma historia de final feliz linda! Queria ter igual, queria que términos não fossem tristes. Quem sabe ainda não temos um reencontro, como tive ontem com H.B.L. L, totalmente surpreendente, totalmente infinitamente melhor do que eu jamais poderia imaginar daquele que não é mais o protagonista dos momentos.
Agora é você, e talvez nunca saiba... Porque estamos correndo pra tão longe um do outro sem olhar pra trás, de medo, o mesmo medo talvez que tenha de ler isso tudo aqui.
Como eu era feliz quando subia as escadas pra gente ficar lá em cima, longe de tudo. Como era bom fugir com você!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Verde
Estranhamente hoje acordei com uma sensação inexplicável de alívio... Afinal, você tinha me perdido. E eu ganhei mais uma chance.
Acordei mais cedo, e fiz tudo como sempre, porém mais lentamente, curtindo cada segundo do começo do meu dia. A caneca de capuccino, o cigarro, depois o banho.
O dia estava amistoso, ainda com cheiro de chuva da noite, havia uma senhora passeando com dois bassets e eu sorri, adoro cachorros.
Onde eu trabalho agora dá pra ver o céu. Eu vi que choveu à tarde também, minha nova colega sorriu em agradecimento à ajuda que eu estava dando a ela. É tudo tão mais claro e aberto... Sem acreditar eu suspirava e me sentia muito feliz. Emocionada por dentro por constatar como tenho sorte e sou merecedora de tudo que tenho!
“O papagaio de Céline” de Miguel Falabella apareceu para narrar: “É perturbador constatar que alguém capaz de desprezar completamente a humanidade seja capaz de deixar-lhe um legado tão importante”. Será? Não concordo, mas não deixa de ser coerente. No entanto não vejo o desprezo com bons olhos e tento fazer mínimo uso dele.
Mas como sou inquieta por natureza e vivo buscando respostas pra tudo, lógico que em alguns momentos me recriminei: Não era pra eu estar triste? Não... Porque foi você que me perdeu, eu não. Orgulhei de mim mesma, por não ter me perdido desta vez.
Falabella narra novamente: “Portanto, peço desculpas pela interrupção, mas o leito de um riacho às vezes toma rumos inesperados e, no fim das contas, é a costura de melancolia que nos confere toda a humanidade”.
Eu tinha uma dor oprimida que parecia querer sair pelo grito! Deixei sair pelo choro e passou...
O alívio era porque nada mais ia doer, nunca mais.
Acordei mais cedo, e fiz tudo como sempre, porém mais lentamente, curtindo cada segundo do começo do meu dia. A caneca de capuccino, o cigarro, depois o banho.
O dia estava amistoso, ainda com cheiro de chuva da noite, havia uma senhora passeando com dois bassets e eu sorri, adoro cachorros.
Onde eu trabalho agora dá pra ver o céu. Eu vi que choveu à tarde também, minha nova colega sorriu em agradecimento à ajuda que eu estava dando a ela. É tudo tão mais claro e aberto... Sem acreditar eu suspirava e me sentia muito feliz. Emocionada por dentro por constatar como tenho sorte e sou merecedora de tudo que tenho!
“O papagaio de Céline” de Miguel Falabella apareceu para narrar: “É perturbador constatar que alguém capaz de desprezar completamente a humanidade seja capaz de deixar-lhe um legado tão importante”. Será? Não concordo, mas não deixa de ser coerente. No entanto não vejo o desprezo com bons olhos e tento fazer mínimo uso dele.
Mas como sou inquieta por natureza e vivo buscando respostas pra tudo, lógico que em alguns momentos me recriminei: Não era pra eu estar triste? Não... Porque foi você que me perdeu, eu não. Orgulhei de mim mesma, por não ter me perdido desta vez.
Falabella narra novamente: “Portanto, peço desculpas pela interrupção, mas o leito de um riacho às vezes toma rumos inesperados e, no fim das contas, é a costura de melancolia que nos confere toda a humanidade”.
Eu tinha uma dor oprimida que parecia querer sair pelo grito! Deixei sair pelo choro e passou...
O alívio era porque nada mais ia doer, nunca mais.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Não é segredo pra ninguém que não gostei de ter virado adulta... Mania que as pessoas têm de acharem que eu não preciso delas! Eu preciso sim! Hoje eu precisaria tanto de um colo, de um abraço, de um sorriso.
Preciso tanto chorar, mas não posso não sei o que me ensinou assim, mas penso que não posso. Tenho vontade, tenho saudade da minha vovó me buscando na escola e me perguntando como foi o dia. Eu contava que tinha tirado total no ditado e ela me olhava orgulhosa, sorria apertando os olhinhos e acelerava o Chevette.
Queria gritar e chorar pra ver se alguém vem, queria sim chamar atenção, mas não posso mais porque cresci, e seria ridículo. Aí choro abafado... O que é mais ridículo ainda, ou triste mesmo, choro e respiro pausadamente, pra ninguém ouvir, pra ninguém preocupar, pra ninguém me abraçar enquanto entristeço.
Não sei porque... Eu mesma me consolo e digo que não preciso disso. Aprendi que não preciso de ninguém, ou passei a não precisar. Não gosto, queria ser carente só hoje, queria poder, queria que isso não fosse estranho...
Queria saber perdoar, sem que isso me tornasse boba. O que eu tenho de mais íntimo é meu choro, e sempre acabo me arrependendo quando partilho isso com alguém.
Parece que quando a gente chora despimos a alma. E quando a gente cresce, aprende a se arrepender!
Preciso tanto chorar, mas não posso não sei o que me ensinou assim, mas penso que não posso. Tenho vontade, tenho saudade da minha vovó me buscando na escola e me perguntando como foi o dia. Eu contava que tinha tirado total no ditado e ela me olhava orgulhosa, sorria apertando os olhinhos e acelerava o Chevette.
Queria gritar e chorar pra ver se alguém vem, queria sim chamar atenção, mas não posso mais porque cresci, e seria ridículo. Aí choro abafado... O que é mais ridículo ainda, ou triste mesmo, choro e respiro pausadamente, pra ninguém ouvir, pra ninguém preocupar, pra ninguém me abraçar enquanto entristeço.
Não sei porque... Eu mesma me consolo e digo que não preciso disso. Aprendi que não preciso de ninguém, ou passei a não precisar. Não gosto, queria ser carente só hoje, queria poder, queria que isso não fosse estranho...
Queria saber perdoar, sem que isso me tornasse boba. O que eu tenho de mais íntimo é meu choro, e sempre acabo me arrependendo quando partilho isso com alguém.
Parece que quando a gente chora despimos a alma. E quando a gente cresce, aprende a se arrepender!
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