quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Enquanto isso no msn...

Culpa feminina

Apud Leoa, que apud "de" Flay que apud "de" Márcia Tiburi, que apud "de" Odilon Redon. Ophélie, 1905.


Peso da culpa, asas do desejo


À famosa pergunta de Freud “o que quer uma mulher?” podemos responder: livrar-se da culpa. Mas vamos devagar: o que eu, em pleno século 21, livre financeira e sexualmente, dona do meu corpo, autora do meu projeto de vida, fiz pra me sentir culpada? Embora nossa cultura já viva certa democracia entre gêneros, a culpa continua sendo característica da subjetividade das mulheres muito mais do que dos homens. Dizer “sou mulher” é quase o mesmo que dizer “a culpa é minha”.

A culpa feminina não existiu desde sempre e jamais foi essencial. Não é impossível que tenha sido inventada para que as mulheres soubessem bem qual o seu lugar em uma sociedade de homens. A filosofia não se ocupou muito da questão até que F. Nietzsche, filósofo morto na virada do século 19 para o 20, sustentou uma contundente crítica da moral vigente como análise do sentimento de culpa. Ele entende a culpa como o ressentimento que em vez de ser lançado para o outro, é dirigido a si mesmo. Ela nasce de uma obrigação de fazer promessas que se transforma em incapacidade de cumpri-las e daí passa a valer como dívida que, impagável, se volta contra quem a contrai.

O ressentimento é uma espécie de peso morto que carregamos nos ombros sem que sirva a nada além de pesar. Ora, o que carregamos é o passado que não conseguimos esquecer nas camadas mais profundas da linguagem. Mulheres contemporâneas são herdeiras de uma vasta tradição simbólica que inclui mitos como Eva, a culpada da expulsão do paraíso que implica o ditado de que por trás de um grande homem há uma grande mulher, e Pandora que se assemelha à mãe onipotente culpada dos sofrimentos de seus filhos.

Mas a coisa não para por aí. Mesmo sem ser esposa ou mãe, uma mulher que deseje ser, por exemplo, amante, pode se sentir culpada em relação ao desamor do marido ou namorado por não ter, por exemplo, o corpo que ele deseja. Perguntar a si mesma se, ao contrário, “ele a agrada” não é possível para quem sente culpa. Já que o culpado precisa sempre pagar alguma coisa que ele não está devendo. Mas o que, tão livres, tão independentes, as mulheres de hoje ainda podem dever? Por trás das armadilhas dos mitos está a idéia greco-medieval de que a mulher é um macho falido. A natureza quando não tem força pra fazer um homem faz uma mulher. Culpa de quem?

A culpa aparece assim como um artifício infinito. Uma máquina poderosa de produzir dívidas inexistentes, pois se existissem realmente bastaria pagá-las ou pedir mais prazo, responsabilizando-se pelo que, de fato, se deve. No entanto, há certo prazer na culpa, justamente o da irresponsabilidade que afasta da convivência com o desejo e coloca a pessoa no lugar de uma vítima dos desejos alheios.

Percebemos que a estrutura da culpa é paradoxal. Nos tempos da liberdade feminina, uma mulher pode se sentir culpada de não querer ser esposa, mãe ou amante, ou por simplesmente ser bem sucedida. Como se seu sucesso a tornasse devedora de marido e filhos que muitas vezes ela não tem. A culpa pode aparecer ao assumir um desejo que não lhe foi autorizado. Acontece que a culpa surge exatamente para eliminar o desejo. Está, assim, na contramão da responsabilidade.

Pode, no entanto, parecer que as mulheres se sintam culpadas por serem excessivamente responsabilizadas. Mas não é verdade. Se a responsabilidade é um valor ético objetivo que pode ser juridicamente medido, a culpa é apenas um sentimento de quem, não tendo porque carregá-lo, o faz por aceitar a posição de vítima que pode ser bem mais confortável do que a de quem se responsabiliza por seus desejos. Artificial, a culpa aparece como algo que eu lanço sobre o outro para disfarçar aquilo de que eu mesmo não posso ser responsável. O culpado culpa o outro e a si mesmo. O culpado é, assim, um covarde que se disfarça de vítima e que encontra sua comunidade de culpados, deprimidos e entristecidos contra um mundo supostamente hostil. Fica mais fácil culpabilizar os outros do que responsabilizar-se. Mais fácil endividar o outro e a si mesmo do que pagar os custos da própria vida.

Culpados aqui e ali exigem que ajudemos a carregar seus fardos. Jogam seu peso sobre os ombros próprios e os dos outros. Bem que podiam trocar tudo isso pelas asas do desejo que, em nós, estão prontas a se abrir, deixando tudo mais leve e permitindo voar e ver mais longe.

O impulso pro vôo vem da coragem da responsabilização.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Hoje ou sempre

Hoje estou longe, tive uma noite estranha, pensando em muitas coisas...
Tenho vários medos, e fico calada, enfileirando todos eles, somente isso, sem vontade de enfrentar. Eles me olham, e eu olho de novo, e de novo, e denovo... Ecoando sem parar.
Hoje estou assim, longe e no meu longe é onde eu quero ficar! Sozinha com eles... Até acostumar!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nostalgia




Se eu pudesse voltar no tempo e viver um único dia novamente, SEM DÚVIDA, seria este...

"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."
Rubem Alves


Minha alma tá uma criança birrenta!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflexão - É sempre assim, por que???

Minha Herança: Uma Flor

Vanessa da Mata


Achei você no meu jardim
Entristecido
Coração partido
Bichinho arredio

Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre

A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho, nem uma arma ou uma pedra
Eu deixarei

A minha herança pra você
É o amor capaz de fazê-lo tranqüilo
Pleno, reconhecendo o mundo
O que há em si

E hoje nos lembramos
Sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza estava juntando
Você e eu

Achei você no meu jardim...


-> Dos tempos de V.F até os dias de hoje... Mas acontece que hoje odeio flores! Não sou defunta! Chocolates me dão mais prazer! <-

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enquanto isso no msn...

G.F diz:

Enfim, quando vc decidir que seu bofe não é mais seu bofe, podemos empurrar nossa amizade pra outras cores do espectro rs

Leoa diz: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



Pq né? A cartela de cores do espectro é beeeem mais vasta, é isso? E eu aqui, satisfeita com minhas "cores primárias"...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Fragmento

... Até que teve um dia que ela não percebeu que o dia estava cinza...
E acordou cedo, cheia de expectativas para ir onde deveria e queria.
Assim o fez, mas como toda realidade que cisma em aparecer, ela apareceu...
Assombrando como alma pena d’outro mundo, querendo lhe tirar aquilo,
Que lhe era tão cômodo, sadio, calmante de coração...

Ela percebeu que esta realidade lhe assustava por que estava muito longe...
Notou que era incessível por opção, ou por ter medo de não ser!
Viu que partes tem duas ou mais de uma face,
Quis ir embora sem poder!...



Dor de saudade é pior que dor de queimado no dedo, é dor que não passa!

EU MORRO DE SAUDADE TODOS OS DIAS DA W.T. E DE TUDO QUE ELA REPRESENTAVA!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirigi o meu carro
E odeio seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar...
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar
Nem um pouco
Nem mesmo por um segundo
Nem mesmo só por te odiar.


Do filme "10 coisas que eu odeio em você", porque não conseguí traduzir o momento de agora... Estou perdida!

sábado, 16 de outubro de 2010

Mei ruim falar de coisa séria hoje néanh... Então tira esse pijama de flanela, passa o new wave no cabelón e bora todo mundo causar na bonate! Pq os melhores momentos acontecem na night!

bjus,

Leoa

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Como me veêm

Fera Urbana
(Michel Morais)

É só mais uma moça correndo do novo
Fera urbana acuada
Mais uma dessas que define amor como insosso
Sou do século XXI ela se gaba
Se gaba de não ser como as outras
Que as flores murcham por isso me dê roupas
Se gaba nunca se arrepender
Dos aspirantes a amores que já pôs pra correr
Se gaba dar as cartas do seu sexo
Sua malícia o escala
Do leviano ao mais sublime gesto

Ruge mostra as garras
Antecipa-se à surpresa
Na cabeceira o título:
“O ataque é a melhor defesa”
Destroçado o novo segura a respiração
A fera vai e ele sorri sobrevivente
Vai deparar com ela em outra situação

Bate cabelo bate estaca na balada ou o que for
Ela vai se acabar
É um constante frenesi para driblar a dor
Do medo de se auto revelar
Revelar que sabe bem o que quer
Que não há XXI que anule a essência mulher
Revelar que o admite sonhar
Não de cavalo branco mas um dia virá
Revelar enfim que as flores exalam
A fragrância de um bem me quer
Que os aspirantes cantaram



O Michel é um querido, um talento... Obrigada amado, por fazer de mim um dia uma "musa inspiradora" e me ajudar a conhecer partes de mim que o espelho não mosta!

Dedicado, à algum tempo H.B.L.L, um momento que se repetiu por inúmeras vezes...

Hoje acordei muito sincera comigo mesma. E pensei em você o dia todo. Pensei tanto que minha cabeça doeu, e vendo “O curioso caso de Benjamin Button” achei coerente que nascessemos velhos. Rejuvenescer a cada dia até sumir num orgasmo não seria nada mal...

Nesses meus dias de sincera, penso muito, e penso na vida. Vendo que nela é muito melhor sonhar, almejar, imaginar situações em que queria viver. Porque a realidade é realmente difícil, juntamente com os tempos de hoje e assim sinto ter 80 anos, com todo peso de julgamentos da sociedade e conceitos hipocritamente formados todos nas minhas costas, pesando e me enfraquecendo.

A cabeça dói demais, acho que é dor que mudou de lugar, deve que nem dor gosta de rotina. Assim também pensei que também eu nunca gostei de rotina... Que a decisão de se tornar atriz tem haver com tudo isso.

Não tinha mais perspectiva de vida feliz, decidi viver várias vidas: amar, odiar, cantar, envelhecer, ser mãe, noiva e porta. Ser várias que já viveram, ou dar vida há uma, emprestar o corpo e cara em pró do que todos procuram para se entreter, a tal da arte. Isso é muito bonito de se contar futuramente, é digno.

Assim sigo. Já desisti de tentar te esquecer faz muito tempo e tudo que eu faço é pra você ver, quando me arrumo é pra você ver quando passar de carro na rua, o mesmo carro que prometeu jogar em cima de mim e me matar. Desabafo escrevendo palavras trágicas, que não podem ser faladas, porque fui calada pelas milhões de pessoas que nos julgam.

Lembro me todos os dias das vezes que você disse, que não disse o que eu queria ouvir, talvez. Que seja, aprendi que a conformidade é branca, que um erro não se concerta, tampouco se esquece, apenas perdoa.

Meu coração endurecido me fez seca por inteira. Nem lágrimas mais tenho para chorar. Cultivo um sorriso indecifrável e não tem quem diga que seja de esperança, só que seja de sarcasmo. É... No fundo devo achar mesmo a vida sarcástica pelo que ela fez comigo, pelos encontros que me enganam ou pelos acasos que me apresenta. Até quando será que ela vai brincar comigo?

Não importa, sendo tantas, hora uma hora outra eu brinco também... Vou brincando de viver!

Leoa
07/06/09
22:23hrs

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Resposta ao vácuo

Sabe, nunca quis que me aceitassem, apenas que me respeitassem.
É bem certo que corro do convencional,
Pois jamais esperem que eu siga modelos e preceitos falidos de uma sociedade hipócrita. Os tempos mudaram!
Aprendi a viver como atriz, que quando as luzes se apagam e as cortinas se fecham, cada um vai pro seu lugar. A magia fica por conta do acaso que a proporcionou, o MOMENTO!


Preferi viver do acaso, se for pra ser intenso, que seja verdadeiro nem que seja por um dia. Do espontâneo à surpresa, a delícia do inesperado, a descoberta, um sorriso espontâneo e tudo que não dá pra esconder e segurar... Um choro... Escolhi pra mim VERDADE, a pureza da transparência, CLAREZA de alma e coração.

Por isso sou rude? Sou menos mulher, porque decidi desmascarar os meus e os seus medos? A minha verdade não dói! Ela incomoda? Uma pena...

Se eu pudesse escolher, escolheria nunca na vida conhecer pessoas ignorantes, que acreditam em um ideal que nem próprio é!

Mas se preciso for, deixo todas calmas, continuando a serem otárias, acreditando naquilo que acham que não pode mudar simplesmente porque sempre foi assim... Ainda reinarei soberana, rindo por dentro, com uma certa vergonha alheia. DÓ!

Enquanto cachorro late, a caravana passa e eu digo sorrindo o que parvos querem ouvir:

“Já dizia o ‘cantor’ TUDO QUE EU QUERO É VADIAR!”.

Declaro fingido concordar, ao mesmo tempo contestando todos os paradigmas femininos, fazendo trocadilho!

“A diferente”, porém, sem negar ESPECIAL! Negando o alto preço de ser quem sou. MODÉSTIA oculta!

Assim tudo volta ao normal... Às vezes é melhor “fazer a Kátia mesmo”.

07/10/09
23:55 hrs

Dedicado à V.F...

Eu por H.L

Fico esperando todos os dias...
Para ver o que trazes pra mim...
Adoro quando chegas, vem sempre alegre...
Trazendo sempre lindas poesias...
Poetisa que brinca com as palavras,
E transforma elas em versos...
Que buscou no íntimo e com sensibilidade...
Fala do amor e da natureza e de si mesma...
Que nos faz viajar nas asas da imaginação...
Ah poetisa que bom que a inspiração te achou...
E te coroou a rainha dos versos e poesias...


Obrigada! Meus dias são sempre melhores depois que você passa, ANJO MEU!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As portas

Em meio à bagunça do meu quarto, eu deitei para esperar. Ao som "Ne me quitte pás" de Maysa, olhei então ao redor e vi todas as portas abertas. A de entrada, as dos armários e uma do maleiro... Achei curioso, às vezes procuro significado nas coisas, como se fosse uma resposta, um sinal. Afinal quais portas de mim aquilo representava? Se estavam abertas, ou se deveriam estar.
Antes disso pensava em relacionamentos, no amor e de como ele foi banalizado... De como as pessoas tentam manter certos valores em um mundo que não mais comporta tal. Uma sociedade que cobra, impõe mas não faz nada para que cada ideal sobreviva. E ai de quem dizer que a sociedade é hipócrita! Este será taxado de rebelde, ainda HOJE!

A saída seria o "Amor livre?" O engraçado que até mesmo a expressão soa ora realmente libertária, mas ora piegas justamente por ter a palavra amor e nos dias soa bastante démodé. Será?
Me senti por alguns minutos vanguardista, depois veio a auto piedade. De realmente ter encarado tanto a realidade e ficar impossibilitada de sonhar, ainda ter que amparar e entender todos os coitados que "amam". Porque as pessoas conseguem estragar tudo?

Mas as portas continuavam abertas e eu precisava parar de esperar ali deitada, afinal não estava esperando nada mesmo, quem sabe, sem saber, um relampejo, um pensamento, EU MESMA. Fechei todas elas, com o cuidado de quem guarda um segredo e mais uma vez me fechei em sonhos que poderia não lembrar, afinal, eu precisava dormir!

19/09/09 01:03h

A coisa mais linda que já me disseram

Leoa diz:
Gente, mas isso é brincar de morrer!

S. G. diz:
Mas eu vou morrer primeiro que você, já estou lhe avisando pra você não achar que te dei o bolo na vida!
Bjos na alma...

Das coisas que amo

Via Láctea
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Olavo Bilac

Uma certa vez...

Era uma vez um cara e uma “cara”... Não necessariamente nesta ordem eles se conheceram e se identificaram, tanto como objeto quanto como indivíduo. Ela, não era o que ele esperava e ele era o que ela “imaginava”, e assim viviam intensamente os efêmeros momentos lascivos que o acaso lhes proporcionavam.
Perante a tal conjuntura, tão rápida e saciável, perderam a noção de valores, certo e errado e quando eles deveria ouvir sininhos e  sentir voarem borboletas no estomago, viram “ trevas” com luzes de néon, ou como se define puerilmente o estado extasiante que uma relação aventureira poderia causar. O coração mudou de lugar.
O grau de esperteza era disputado entre eles, assim como a repulsa por tudo que fosse piegas e tudo que se associava ao amor. Entre uma linha tênue que se separa a emoção da razão a vontade de se falarem todos os dias não era o bastante para demonstrar para estes dois parvos o que estava acontecendo.
Mas ela teve um relampejo de sanidade e pensou que foi esperta. Propôs ser somente amiga do cara e foi aí que tudo desandou. O encanto inicial que vem acompanhado de boas expectativas acabou com a tentativa frustrada de definir o futuro, mas ela não era Deus e não poderia dar conta de tal tarefa. Tão petulante que era, não percebeu que fez a coisa ao contrário do proposto, não pensou que ser amiga implicava em se embrenhar nos mais profundos sentimentos que possa existir, aqueles que vêm com choro em confissões desesperadas.
Os laços foram se tornando mais fortes com direito a nós de marinheiro, e entre todos os sentimentos, oscilavam sempre entre raiva, companheirismo e tesão, com uma dose generosa de carinho que logo já era apagado com uma risada de deboche de qualquer um dos dois, se não, de ambos.
A tentativa de fugir pra qualquer e onde fosse sempre assombrava essas duas lamentáveis criaturas, tão insolentes com relação aos seus próprios corações e com outros corações também, nunca se viu dois seres tão parecidos sem nenhuma autopiedade e longe de querê-la ter.
E assim se fez, ela correu, correu, correu tanto sem olhar pra trás que não conseguia parar... Visitou dois lugares, Alysson e Iglésias, mas saiu sem história alguma pra contar, pouca coisa viu de belo que possa recordar.
Já ele, a chamava de Trevas, mas tão escuro e misterioso era o próprio que foi embora pra bem longe e ninguém mais ouviu falar. Quando ela soube, já era tarde, ela não era a “cara”, e não tinha mais lugar... Estava condenada a um limbo particular, onde buscava nas artes, uma felicidade fugaz.
Esta é uma história sem final feliz, mas é um romance do século XXI, onde as casualidades não são só simples fragmentos, pois só elas existem para que nós apeguemos e possamos construir algo, um momento que seja. Esta é só uma simples história onde ninguém tem culpa de nada, tampouco papel principal. Porque pra certas coisas na vida é preciso ter dom, e estas duas criaturas não tinham o dom de amar.

 Por Juliene Leão
00.25 hrs
23/10/08

Welcome!

A todos que acreditam na força de um momento,
De um segundo,
De tudo que faz sorrir! Nem que seja uma vez só...

A vida é um quebra cabeça,
Onde se juntarmos todos esses pedacinhos se faz uma história.

Lembranças...
Saudades!

Tristeza!
Felicidade efêmera,
História pra contar,
Pra recordar,
Pra aprender, pra ensinar!

Intensidades que embriagam...

Vem! Eu lhe ensino como se faz!

Não lhe garanto que será eterno, nada é eterno! Mas vais saber que momentos podem ser eternizados e se tornarem recordações para o resto da vida.

Cicatrizes da alma!